Esta matéria foi escrita por José Déia na Revista Nascentes nº12 de Setembro de 2001.
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1912- Há sessenta anos atrás, foi quando pela primeira vez visitei a igreja de N. S. dos Remédios, naquela época já era comum pedir socorro a Nossa Senhora, principalmente em caso de doenças, prometendo uma caminhada a pé até a sua igreja.
Os meses de julho e agosto são tradicionalmente secos com as chuvas começando a cair após o dia 8 de setembro, dia de Nossa Senhora. Quando isso não acontecia os fiéis ficavam preocupados, pois a primeira chuva seria fatalmente uma tempestade. Isso aconteceu recentemente em 29 de setembro de 1993, quando um vendaval destruiu o Centro Comunitário da cidade.
O caminho preferido era pelo Bairro da Fartura Rancho Alegre onde a maioria dos devotos ficava na beira da estrada, aguardando companhia, formando pequenas romarias.
Moradores da Rua da Bica faziam promessa e subiam o morro, tornando-se um pretexto para ir à festa todos os anos. Era muito bonito o visual da subida do morro dos remédios. É muito alto e um percurso longo, dando para contemplar dezenas de grupos de pessoas que subiam em ziguezague.
Naquele tempo, até mesmo a banda entrava nessa. Era transportada no caminhão do Seu Idazil Peixoto, até o bairro do Porto. O caminhão atravessava o Rio Fartura e deixava a música no terreiro de uma casa de fazenda, onde residia uma senhora D. Norberta Soares. Dali pra frente, instrumentos no ombro e pé na estrada até lá em cima.